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Este artigo é uma tradução do post originalmente publicado no site da revista americana Inc. com o seguinte título: 5 Things You Never Knew About Psychopaths in the Workplace (https://www.inc.com/jeff-haden/5-things-you-never-knew-about-psychopaths-in-workplace.html).

 

Acha que você já sabe tudo sobre psicopatas? Acha que você trabalha com alguém que é um psicopata?

 

Talvez você realmente saiba muita coisa sobre psicopatas – mas, talvez, você não saiba tudo.

 

Aqui estão cinco coisas que você provavelmente nunca percebeu:

 

1.    Qual profissão tem mais psicopatas? CEO.

 

Pense sobre o que faz um CEO se tornar um CEO de sucesso. Muitos conseguem separar os fatos dos sentimentos e tomar decisões lógicas de maneira bastante fria. Muitos podem persuadir outras pessoas a fazer o que eles querem que seja feito. Muitos podem, às vezes, tomar ações muito rapidamente, independente das consequências para certas pessoas. Muitos deles gostam de ter e exercer poder e controle.

 

Isso não significa que qualquer CEO seja um psicopata. Mas isso quer dizer, sim, que alguns podem se localizar em algum ponto do espectro de psicopatia. E isso também quer dizer que a profissão que tem o maior percentual de psicopatas é CEO de empresas. Se você estiver curioso, advogados vieram em segundo lugar, profissionais de grandes mídias alcançaram o terceiro lugar e vendedores chegaram em quarto.

 

2.    Psicopatia não é reconhecida como um distúrbio psicológico ou psiquiátrico

 

A comunidade médica reconhece a psicopatia como uma subcategoria ou um extensão de um transtorno de personalidade antissocial. Alguns acham que psicopatia e transtorno de personalidade antissocial sejam a mesma coisa, enquanto muitos não concordam com isso.

 

Qualquer que seja o caso, o que profissionais da área médica concordam é que psicopatas têm relativamente emoções vazias (especialmente uma falta de empatia e sentimento pelos outros) e tendem a ser mais egoístas e se sentir menos culpados, são mais impulsivos e irresponsáveis, e possuem um charme superficial que eles utilizam para manipular as outras pessoas. Há mais coisas do que isso, mas acho que você entendeu o ponto, certo?

 

E tenha em mente que a psicopatia não é um condição de “ou é, ou não é”. Assim como muitos transtornos de personalidade (e traços de personalidade), a psicopatia ocorre em um espectro. Algumas pessoas têm tendências psicopáticas ínfimas. Outras têm tendências bem mais severas.

 

E, às vezes, pessoas “normais” ocasionalmente fazem algo que parece típico de um psicopata… mas isso foi apenas um erro de julgamento. Esse é o momento quando o remorso – ou a falta de remorso – entra em cena. Um psicopata realmente não sente remorso.

 

Assim, se está preocupado de que algo que você fez quer dizer que você seja um psicopata, o fato de que você está preocupado com isso significa que provavelmente você não seja. Psicopatas não tendem a sofrer com ansiedade.

 

3.    Aproximadamente três dentre vinte pessoas podem cair em algum ponto da escala de psicopatia

 

Pense em “psicopata” e você provavelmente pensará em “assassino violento”, mas as características mais importantes de um psicopata não envolvem violência – elas envolvem falta de empatia, egoísmo e manipulação. E a maioria dos psicopatas não é feita de criminosos. Eles conquistam pelo charme e manipulam em razão de outros propósitos.

 

E alguns deles são menos psicopatas do que outros. Em psicopatas “sub-clínicos”, os comportamentos disfuncionais são manifestos em uma taxa e um grau diferentes.

 

De acordo com o The Comprehensive Handbook of Personality and Psycopathology (algo como ‘O Manual Completo de Personalidade e Psicopatologia’),

 

“É provável que um psicopata sub-clínico possua formas menos frequentes de comportamento antissocial (inflando os gastos e as despesas, se envolvendo em assédio sexual e outras formas de agressão pessoal). Eles são capazes de manter relacionamentos (embora deficientes do ponto de vista sócio-emocional) com outras pessoas. Mesmo assim, esses relacionamentos tendem a ser psicologicamente doentios, voláteis e frustrantes para as outras pessoas”.

 

A maioria de nós conhece pessoas assim. Talvez, muitos de nós fizemos coisas assim. No que diz respeito a relacionamentos, tanto pessoal como profissionalmente, ninguém é perfeito.

 

O que acontece é que psicopatas sub-clínicos tendem a ser muito menos perfeitos do que a população em geral.

 

4.    Psicopatas tipicamente seguem um processo

 

Psicopatas manipulam outras pessoas a fim de que eles consigam o que desejam. Como eles fazem isso?

 

De acordo com Eric Barker:

 

a)    Eles analisam a utilidade, as fraquezas e as defesas daqueles ao redor

b)   Eles manipulam os outros a se aproximarem deles para conseguir o que querem

c)    Eles abandonam as suas metas e seguem adiante… ou, em um ambiente corporativo, eles normalmente buscam com afinco subir de nível hierárquico

 

Eric diz que os psicopatas primeiramente ativam a sua empatia artificial e seu charme. Eles determinam o que você pensa sobre si mesmo e depois reforçam isso, dizendo algo do tipo “eu gosto do jeito que você é”. Depois, eles fingem que compartilham qualidades similares, dizendo coisas como “eu sou igualzinho a você”.

 

Eles conhecem pessoas novas e usam de empatia falsa para causar uma boa primeira impressão. Eles identificam quem tem o poder.

 

E então, eles manipulam pares e subordinados, ao mesmo tempo que se aproximam de pessoas acima deles que possam ser usadas para subir na escala corporativa – fazendo qualquer coisa que eles puderem para saírem bem na foto e que os seus concorrentes saiam mal.

 

5.    Pequenas coisas podem facilitar a rápida identificação de psicopatas

 

Como a colaboradora da revista Inc. Jessica Stillman escreve, saber se alguém é um psicopata significa identificar o indivíduo usando uma longa lista de traços validados cientificamente, como falta de empatia, egocentrismo e falta de remorso.

 

Mas você consegue buscar por alguns outros indícios como os seguintes:

 

  • A profissão do indivíduo
  • O curso que ele fez na faculdade
  • Os seus padrões de fala
  • O tipo de chefe para o qual eles preferem trabalhar
  • A sua hora habitual de ir para a cama

 

Você também pode identificar quão ansiosamente as pessoas buscam recompensas. De acordo com pesquisa, o cérebro de um psicopata é na realidade configurado para buscar recompensas – a praticamente qualquer custo. Em resposta a uma recompensa, o cérebro de um psicopata pode liberar até quatro vezes mais dopamina do que o cérebro de não psicopatas.

 

Isso significa que psicopatas não são sempre pessoas que simplesmente fazem o que querem sem se preocupar com as consequências. Psicopatas podem na verdade se preocupar mais com as consequências do que as outras pessoas – especialmente se eles acharem que as consequências serão positivas.

 

O resumo da ópera

 

Eu sei o que você está pensando: você já achou o psicopata do seu ambiente de trabalho.

 

E está tudo ok. Trabalhar com alguém que pode ser um psicopata sub-clínico não é na verdade um problema. Tudo o que você tem de fazer é cuidar da maneira que você o trata.

 

Eles podem precisar de um pouco mais de elogios do que as outras pessoas. Eles podem gastar mais tempo focando em avançar na carreira do que outras pessoas. Comparados com a maioria das pessoas, eles podem dizer ou fazer mais coisas sem levar em consideração os sentimentos dos outros.

 

Provavelmente, você não vai conseguir mudar isso, mas há coisas que você pode fazer.

 

Como Eric Barker escreve, preste atenção no que as pessoas fazem, não no que elas dizem. Essa é a melhor maneira de saber se você está sendo manipulado. E trabalhe bastante para criar cenários de ganha-ganha. A maior parte de nós quer “vencer”. Psicopatas querem “vencer” mais do que as outras pessoas. Ache maneiras para que vocês dois vençam, e é bem mais provável de que os psicopatas trabalhem em conjunto com você, ao invés de trabalharem contra você.

 

E, em termos gerais, você pode adotar o método oposto que um psicopata adotaria. Faça o que pessoas emocionalmente inteligentes fazem: crie empatia e se adapte às pessoas à sua volta.

 

Você pode não ser capaz de mudar como outras pessoas agem, mas você pode decidir como você vai responder a elas.

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