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Você deseja começar uma dieta, mas não consegue seguir adiante? Planeja todos os anos que vai começar na academia, mas isso não passa de algumas poucas semanas? Ou você tem planejado e planejado começar um negócio próprio, mas a ideia não sai do papel? Ou ainda você quer escrever um livro ou terminar de pintar um quadro ou escrever um poema, mas se sente sem forças para dar o primeiro passo ou para continuar? Pois saiba que esses e outros problemas foram analisados por Steven Pressfield, no livro The War of Art (ou A Guerra da Arte) e eu vou analisar os principais pontos com você hoje aqui neste artigo.

Logo que eu tive contato com o livro de Steven Pressfield, achei muito curioso o título que ele escolheu e que tem um jogo de palavras com outro livro muito conhecido: A Arte da Guerra. O nome escolhido por Steven Pressfield foi genial, pois ele de fato representa aquilo que sentimos quando estamos prestes a fazer algo grandioso: nós entramos em guerra. E, segundo Pressfield, a guerra se dá contra um inimigo chamado “resistência”.

De acordo com Robert Mckee, que escreve o prefácio do livro, a resistência é uma força destrutiva dentro do ser humano que aparece todas as vezes em que nós consideramos uma ação difícil e de longo prazo, que pode fazer por nós ou pelos outros algo que é, na realidade, muito bom. A resistência poderia também ser chamada de auto sabotagem. Robert Mckee ainda diz umas frases muito interessantes e que podem te representar, assim como eu confesso que me representa às vezes: ele disse “eu consigo procrastinar em pensar sobre o meu problema de procrastinação. Eu consigo procrastinar em lidar com o meu problema de pensamento de procrastinação sobre o meu problema de procrastinação”. Ou seja, o cara é realmente fera em procrastinar.

E esse tipo de problema é tipicamente enfrentado por pessoas como Steven Pressfield. Steven é um escritor e precisa lidar todos os dias com a dificuldade de sentar a bunda na cadeira e escrever. Ele comenta que a luta contra a resistência é diária. Essa luta nunca deixou de ocorrer na vida dele (e certamente nunca deixará de existir na nossa). O que ele comenta que aprendeu a fazer é simplesmente estipular um horário de início e um horário de término para escrever e, aconteça o que acontecer, ele se tranca em um quarto e começa a escrever. Independente de quantas páginas ele escreveu, independente da qualidade daquilo que ele escreveu, o que ele quer é vencer a resistência naquele dia. Pressfield conta que esse é o segredo que escritores de verdade sabem e que “projetos de escritores” não têm nem ideia: não é a parte de escrever que é difícil. O que é complicado é sentar para escrever. E o que nos impede de sentar para escrever é a “resistência”.

A maioria de nós tem 2 vidas: a vida que nós vivemos e a vida não vivida dentro de nós. Entre essas 2, está a “resistência”. Você já comprou uma esteira e deixou ela pegando poeira aí em algum canto da sua casa? Você já desistiu de uma dieta, das aulas de yoga ou da prática de meditação? Ou ainda: você é um pintor que não pinta? Um escritor que não escreve? Ou um empreendedor que nunca começa o negócio? Então você deve saber quem é a “resistência”. Pressfield fala que a “resistência” é a força mais tóxica no planeta. Ela é a causa de muito mais infelicidade. Mais até do que a pobreza, doenças e disfunção erétil. A resistência nos faz ser menos do que somos e nascemos para ser. Ela nos impede de atingir a vida que deus deseja para nós.

A resistência parece vir de fora de nós mesmos. Nós a localizamos em nossos cônjuges, trabalhos, chefes e filhos. Muitas vezes, nós damos a desculpa de que não fazemos o que temos de fazer por culpa dos filhos ou por culpa do nosso trabalho. Mas o problema da resistência nasce dentro da gente. A resistência é auto gerada ou auto perpetuada. Ela é o inimigo interno.

Pressfield comenta que a resistência é como o Alien ou como O Exterminador do Futuro, ou ainda como o filme Tubarão. Você não pode discutir com ela. Ela não entende nada, exceto a força. Ela é um motor de destruição, programado de fábrica com um único objetivo: nos impedir de fazer o nosso trabalho. A resistência é implacável e infatigável. Reduza ela a uma única célula e essa célula vai continuar a se multiplicar e atacar. E quanto maior for o chamado ou a ação que você está buscando realizar, maior será a resistência que você vai enfrentar. O perigo é maior quanto mais próximo você chega à linha final. Nesse ponto, a resistência sabe que você está prestes a vencê-la e, por isso, ela aperta o botão de pânico.

A procrastinação é a manifestação mais comum da resistência. Nós não dizemos a nós mesmos: “eu nunca vou escrever a minha sinfonia”. Ao invés disso, nós dizemos: “eu vou escrever a minha sinfonia. Eu só vou começar amanhã”. E aí mora o problema, pois a resistência vence nesses casos. Isso é tudo o que ela quer. Que a gente não queira começar agora, mas que a gente fale pra si mesmo que amanhã será o dia em que começaremos a dieta, ou a nos exercitar, ou a fazer qualquer outra coisa. Nós podemos começar agora mesmo e vencer a resistência no dia de hoje.

Pressfield também comenta que, às vezes, a resistência toma a forma de sexo ou de alguma preocupação obsessiva com sexo. E por que sexo? Porque ele dá gratificação imediata. Da mesma forma, o mesmo princípio se aplica a drogas, compras, tv, fofocas, álcool e o consumo de produtos ricos em gordura, açúcar, sal ou chocolate. Isso tudo é um escape pra você deixar de fazer o que realmente importa. E como a resistência nos faz sentir? Primeiramente, infelizes. Nós nos sentimos no inferno e totalmente miseráveis. Nós ficamos entediados. A gente não tem satisfação alguma. Nós queremos voltar para a cama; nós queremos sair e ir para uma festa. Nós nos sentimos mal amados. Nós passamos a odiar a vida e a nós mesmos. Fora isso, a resistência pode se tornar clínica: daí vem a depressão e transtornos.

A resistência também é experimentada como medo. Quanto maior o medo, maior a resistência. Portanto, quanto maior o medo que sentimos em relação a algum empreendimento, mais podemos estar certos de que esse empreendimento é importante pra gente. Se não fosse importante, a gente não sentiria tanta resistência. Assim, se você está paralisado pelo medo, isso é um bom sinal. Isso mostra o que você precisa fazer. E, às vezes, a resistência tenta travestir o nosso medo com racionalizações, ou seja, coisas que são muito lógicas e que fazem muito sentido; são até legítimas, mas não passam de disfarces que a resistência traz para nos enganar e parar pelo caminho. Imagine um escritor que tem muitos filhos e, por isso, não consegue escrever todas as horas que gostaria. Ou seja, essa desculpa até tem um fundamento lógico. Só que você sabia que Tolstoi tinha 13 filhos e escreveu aquele toroço chamado Guerra e Paz?

Mais para o final do livro, Steven Pressfield começa a fazer diferenciação entre os amadores e os profissionais. Os profissionais são aqueles que, entre outras coisas, fazem o que tem de ser feito, todo santo dia; eles trabalham, todo santo dia, não importa o que aconteça; eles estão comprometidos com o longo prazo e não com gratificações imediatas. Já os amadores só trabalham quando se sentem inspirados; se deixam levar por qualquer desculpa; caem em qualquer racionalização que a resistência lhes traz; um dia trabalham, mas no outro não se sentem tão à vontade; e não têm nenhum compromisso com o longo prazo; eles pensam só naquele momento e no prazer do instante.

Pressfield ainda traz o exemplo de um outro escritor. Perguntaram a esse escritor se ele escrevia de acordo com uma agenda ou somente quando ele se sentia inspirado. O escritor disse que escrevia somente quando se sentia inspirado. Mas, felizmente, segundo ele, a inspiração vinha toda as manhãs, às 9 horas em ponto! Ou seja, esse escritor travava uma luta diária contra a sua própria resistência. E a forma de vencer essa luta era, basicamente, marcando um horário pra começar a escrever e um horário pra terminar de escrever. Isso é muito parecido com o método ou estratégia usada por Steven Pressfield. Lembre que Pressfield não está preocupado tanto com a qualidade de cada linha que ele escreveu no dia. Tem coisas que certamente ele vai descartar depois. Mas se ele não se definir uma hora para começar a trabalhar, ele vai com certeza encontrar uma série de desculpas (muitas delas bastante plausíveis) para não fazer o que tem de ser feito.

E quanto a você, o que a resistência tem impedido você de fazer? O que este post lhe trouxe de ensinamento e que você pretende aplicar não amanhã, mas hoje ainda na sua vida? Quanto mais você se conhecer, menos a resistência irá impactar em sua vida. A primeira coisa é reconhecer a resistência. E para reconhece-la, você precisa se conhecer mais. E se você quer ter mais autoconhecimento, eu tenho um curso online chamado coaching com programação neurolinguística. São 41 vídeo aulas que você pode ver e rever, quantas vezes quiser, durante um ano. No curso, eu apresento não somente o coaching, mas também a PNL. Tem muitas ferramentas, técnicas, autoconhecimento, reflexões, eneagrama, disc e mbti. É um apanhado completo pra você entender o coaching e conhecer as principais ferramentas de auto-desenvolvimento. Se, por qualquer motivo, você não quiser continuar no curso, você tem 15 dias pra solicitar o cancelamento e o valor é 100% devolvido. E se você prefere ler em vez de assistir, lá na plataforma do curso tem um pdf com toda a transcrição das aulas. Para mais informações, é só procurar aqui no site pelo Curso Online Coaching com PNL. Um grande abraço e até o próximo artigo!

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