Se a sua vida fosse um livro, qual seria o título? Para quem seria a dedicatória? Como seria o capítulo que você está escrevendo hoje? Essas poderiam ser perguntas de um processo de coaching. Quer entender de uma vez por todas o que é o coaching? Fica aqui comigo que eu vou te explicar!

Eu sou Artur Cavalheiro. Sou Master Coach certificado desde 2013, e executivo de vendas e marketing em multinacionais por quase vinte anos.

Neste artigo, eu vou esclarecer o que é o coaching, essa atividade que vem crescendo vertiginosamente, e sendo muito criticada também. Aliás, vou falar sobre as críticas, em outro artigo.

Aqui no site, tem um link para você baixar gratuitamente o meu ebook sobre coaching. Esse material já foi baixado por milhares pessoas e é perfeito pra você que se interessa por esse assunto.

Primeiro, deixa eu explicar os termos: coaching é o processo; coach é o profissional e coachee é o cliente.

A definição mais conhecida de coaching é que ele é uma metodologia que leva uma pessoa do ponto A ao ponto B, ou leva essa pessoa de um estado atual a um estado desejado. Isso acontece através de um processo de perguntas em que o coach, o profissional, conduz o coachee, o cliente, em uma reflexão sobre a própria vida.

Esse estado desejado pode ser passar em um concurso; receber uma promoção; fazer uma apresentação em público; encontrar uma missão de vida; fazer uma transição de carreira.

Perceba que os objetivos variam muito, desde assuntos pessoais até assuntos de caráter estritamente profissional. Essa é a razão pela qual a gente pode dividir os processos de coaching em coaching pessoal ou life coaching, e coaching profissional. Dentro dessas 2 divisões, ainda existem uma série de outras subdivisões.

Outra definição muito interessante de coaching é a de John Whitmore, um dos maiores coaches que já existiu. Ele diz que o coaching tem a finalidade de liberar o potencial de uma pessoa com o intuito de maximizar o desempenho dela. Para ele, o coaching é ajudar a pessoa a aprender, em vez de ensiná-la.

O coaching também pode ser formal ou informal. O formal é aquele mais conhecido, composto de sessões, que podem ser presenciais ou à distância (via skype, por exemplo). Normalmente, são dez sessões de aproximadamente uma hora. E existem coaches que trabalham por resultado, ou seja, se o coachee, o cliente, atingir o estado desejado em apenas 2 sessões, o processo simplesmente acaba. Mas a modalidade de combinar dez sessões é a mais usual.

Já o coaching informal pode ser realizado em uma empresa, na relação com o líder, pares e liderados. O coaching informal pode também ser empregado nas relações pessoais, com o marido, esposa, filhos, amigos, etc.

Isso porque, mais do que uma metodologia, o coaching é uma espécie de filosofia de vida. Aliás, falando em filosofia, não sei se você sabe disso, mas Sócrates já fazia uso de muitas perguntas, e mudava a forma da pessoa pensar ou agir basicamente fazendo perguntas. Detalhe: Sócrates viveu lá pelos idos de 400 e pouco a.C.! Outro grande filósofo, Voltaire, no século dezoito, disse que nós deveríamos julgar um homem mais por suas perguntas do que por suas respostas.

Hoje em dia, no mundo dos negócios, os caras sabem que quem domina uma conversa não é quem responde, mas quem sabe fazer perguntas estratégicas. Nós só extraímos as respostas corretas quando fazemos as perguntas corretas. Ou seja, a pergunta é mais importante do que a resposta. E é por isso que, no coaching, nós dizemos que as perguntas são as respostas.

Uma boa pergunta tem o poder de adentrar na nossa mente e retirar do nosso inconsciente a resposta que nós procuramos. Aqui está um dos pressupostos do coaching: o coachee ou cliente já tem a resposta; ele apenas ainda não sabe que já sabe. Cabe ao coach ser o condutor desse processo de descoberta da resposta; cabe ao coach a fantástica tarefa de encaixar as perguntas certas e poderosas pra fazer a resposta sair do próprio coachee.

Note que a resposta não vem do coach, o profissional. A resposta vem do próprio coachee, o cliente. E isso é contra intuitivo. Muitas pessoas pensam que o coach vai trazer alguma recomendação ou resposta. Não! Isso seria uma mentoria ou uma consultoria ou ainda um aconselhamento. E coaching não é nada disso.

Por mais que o coach saiba (ou pense que saiba) a resposta, ele não faz nenhum juízo de valor; ele não fala para o coachee qual seria a resposta. Isso tem a ver com outro pressuposto do coaching que é não julgar o coachee. O coach conduz o coachee por meio da metodologia, das perguntas, das atividades e ferramentas aplicadas, de forma que o coachee chegue até a resposta. Perceba que o engajamento, o envolvimento quando a própria pessoa encontra a resposta são muito superiores a que se ela recebesse a resposta pronta, que talvez nem fosse a resposta correta ou ideal.

E mais do que achar a resposta ou encontrar a direção, o coaching estimula que o coachee entre em ação. Sem ação, nada será concretizado. Pior do que não ter a direção correta é ter a direção e simplesmente não fazer nada com isso. É por isso que também podemos dizer que coaching é sinônimo de ação. E o coach vai observar se o coachee está empreendendo os esforços necessários para atingir o estado desejado e, se não estiver, o que o está está bloqueando.

Aqui nós tiramos mais um pressuposto do coaching: que ele atua com o “aqui e agora”. É claro que nós somos uma somatória do que fizemos em nosso passado. Mas também é claro que não há o que mudar em relação ao que já passou. Você pode aprender com o passado. Mas o ambiente de mudança é o presente. E é basicamente por isso que o coaching, como metodologia focada em trazer resultados rápidos, trabalha com o presente. É agora que você planta as sementes pra colher mais à frente. O melhor momento pra plantar uma árvore foi há 20 anos; o segundo melhor momento é hoje.

Um processo de coaching, seja formal, informal, pessoal, profissional, quando bem conduzido, traz resultados concretos. Ele gera clareza, traz autoconhecimento, dá direção e um plano de ações estruturado para o coachee.

Não são raras as vezes em que estamos tão envolvidos em nossos próprios problemas que não conseguimos enxergar um palmo à frente. Por isso que é importante ter alguém que nos ajude a sair desse padrão e a enxergar novas perspectivas. Esse é o trabalho de um coach. E, novamente, perceba que coaching não é somente uma metodologia formal aplicada por outra pessoa, ela pode muito bem ser auto aplicada na sua vida e no seu relacionamento com outras pessoas.

Aliás, pegando um gancho nisso, você está verdadeiramente ouvindo aqueles que você ama? Ou enquanto eles estão falando, você já está pensando na resposta que vai dar? De 0 a 10, o quanto você está vivendo o presente com essas pessoas que você ama? Você tem feito boas perguntas para essas pessoas? Tem ajudado elas a se desenvolverem? Qual foi a última boa pergunta que você fez ao seu filho, filha ou cônjuge? Eu poderia fazer uma série de outras perguntas, mas acredito que você já pegou o espírito da coisa.

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