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Este artigo é uma tradução do texto publicado no site da Entrepreneur, em março de 2017, de autoria do Quentin Vennie (5 reasons why workplace anxiety is costing your business a fortune).

 

Um estudo conduzido pelo National Institute of Mental Health (Instituto Nacional de Saúde Mental) reportou que mais de 40 milhões de americanos estão lidando com alguma forma de distúrbio de ansiedade. Com mais de 18% da população dos EUA tendo sido diagnosticada com ansiedade, uma grande porção tem citado o ambiente de trabalho como o principal causador.

 

A ansiedade é a forma mais comum de doença mental nos EUA. A maior parte das pessoas consegue se identificar como estando estressada ou tendo sentido estresse em algum momento baseado em certos eventos da vida – um novo emprego, mudança para um novo Estado ou fazendo uma grande apresentação ao vivo. Contudo, é importante notar os fatores de diferenciação entre níveis saudáveis de estresse e ter uma ansiedade crônica ou mais severa. Isso pode afetar na habilidade individual em realizar as atividades mais básicas do dia a dia.

 

Apenas o pensamento de ansiedade pode tornar difícil para algumas pessoas prosseguir com as tarefas diárias. O medo associado com a ansiedade ou pânico é geralmente suficiente para trazer à tona um ataque. Há o ciclo de preocupação permanente que normalmente acompanha a ansiedade e que faz os indivíduos se sentirem inadequados ou incapazes de controlar os seus pensamentos ou comportamentos, apesar de saberem que seus pensamentos são irracionais e frequentemente piores do que a situação se mostra.

 

Como alguém que tem gerenciado um distúrbio de ansiedade severa por mais de 15 anos, Quentin Vennie consegue se identificar com as dificuldades que uma ansiedade crônica pode apresentar diariamente. Fadiga, privação do sono, dificuldade em focar, palpitações do coração e dificuldades para respirar são todos sintomas comuns associados com a ansiedade crônica.

 

A distúrbio de Quentin o forçou a deixar a faculdade em três ocasiões diferentes, e foi também o catalisador que o fez encerrar a sua primeira empresa.

 

Seja você o CEO de uma empresa Fortune 500 ou o proprietário de um pequeno varejo, há chances de um ou mais dos seus colaboradores estarem sofrendo silenciosamente, e isso pode estar custando a você e à sua empresa uma verdadeira fortuna.

 

1. Baixa performance

Altos níveis de exaustão psicológica e emocional como o resultado da ansiedade do ambiente de trabalho podem levar à falta de foco e à baixa performance no trabalho. 56% das pessoas que experimentam ansiedade do ambiente de trabalho reportam fadiga excessiva, irritabilidade e desmotivação. Se deixados sem tratamento, os seus colaboradores irão necessitar, no final das contas, mais tempo para completar as tarefas, minimizando a quantidade de trabalho que eles podem adequadamente cumprir em um dia típico de trabalho. Isso corresponde a até 7 horas por semana em termos de perda de produtividade.

 

Prover os seus funcionários com um ambiente de supervisores e colegas empáticos pode gerar uma maior qualidade dos relacionamentos dentro do ambiente de trabalho, o que pode positivamente impactar os efeitos da ansiedade dos colaboradores.

 

2. Tempo de afastamento excessivo

O absenteísmo e a licença médica são custos comuns no mundo dos negócios. Contudo, estudos mostraram que a ansiedade e distúrbios depressivos estão associados com uma maior inaptidão ao trabalho em comparação com outras doenças. É reportado que uma em três ausências é o resultado direto da ansiedade e/ou estresse no ambiente de trabalho. Note que é ilegal demitir um funcionário baseado em sua inabilidade ou distúrbio sem empreender os esforços adequados para razoavelmente acomodar a condição do colaborador.

 

Embora muitas empresas permitam licenças não remuneradas e médicas, os efeitos no longo prazo de tanto tempo de afastamento podem impactar negativamente a performance dos funcionários e a rentabilidade do negócio.

 

3. Maiores despesas médicas

A Associação de Depressão e Ansiedade dos EUA (Anxiety and Depression Association of America) reporta que distúrbios de ansiedade custam aos EUA mais de US$ 42 bilhões anualmente e aqueles diagnosticados com a doença são de 3 a 5 vezes mais propensos a visitar um médico, além de mais de 6 vezes mais inclinados a serem hospitalizados. Com mais de 40% dos ganhos de uma empresa indo para cobrir despesas médicas, a sua empresa pode esperar pagar mais de US$ 3.000 adicionalmente por colaborador caso este sofra de ansiedade crônica.

 

4. Alta rotatividade de pessoas

A mudança é inevitável, mas também pode ser muito cara para seu negócio. A rotatividade de pessoas é o grande contribuinte para a rentabilidade da sua empresa, já que custa tempo, dinheiro e produtividade para substituir um funcionário. Com mais de 25% dos funcionários alegando que o ambiente de trabalho é a grande causa do seu estresse e ansiedade, a probabilidade de seus funcionários permanecerem no emprego no longo prazo diminuem significativamente.

 

Estresse e ansiedade são geralmente associados com mais reclamações de saúde do que qualquer outra reclamação no ambiente de trabalho. Assegurar que os seus colaboradores se sintam apoiados e confortáveis em compartilhar o seu bem estar mental com gerentes e colegas é essencial no aumento da retenção do quadro de funcionários.

 

5. Baixa moral do funcionário

Moral é o estado da mente que afeta a confiança, produtividade e entusiasmo criados dentro da estrutura organizacional de uma empresa. Estes fatores também contribuem diretamente para os quatro itens mencionados anteriormente. A moral alta é essencial para o sucesso da empresa, e embora ela é normalmente vista como uma qualidade intangível, ela pode ter efeitos nocivos nos lucros de um negócio. Baixa moral em funcionários pode acarretar isolamento e comportamentos contraproducentes. Muitas pessoas que sofrem de ansiedade dizem se sentir julgadas e pouco apoiadas pelos seus gerentes e colegas, o que somente diminui a moral e aumenta a disposição em buscar um novo emprego. Encorajar o diálogo aberto entre funcionários e gerentes, no que se refere à saúde mental dos primeiros, pode prevenir que os problemas se agravem.

 

Quando funcionários percebem que o empregador está genuinamente interessado no seu bem estar, tende a ocorrer um aumento em produtividade e retenção, e isso também reduz os custos da empresa em recrutamento e saúde.

 

Como um gestor de pessoas, é importante estar informado, conhecer os sinais e dar aos seus subordinados o encorajamento e suporte que eles necessitam para gerenciar a sua saúde mental. Programas de bem estar corporativo estão se tornando cada vez mais populares e são especificamente desenvolvidos para ajudar as empresas a melhorar em todas as áreas listadas acima.

 

Quentin conclama as pessoas, no final do artigo, a continuar trabalhando para aperfeiçoar a cultura corporativa americana, e aprender a cuidar um do outro, dentro e fora do ambiente de trabalho.

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