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Você conhece as 2 formas de networking do LinkedIn?

linkedin e networking

 

Existem basicamente 2 formas de se relacionar com os contatos no LinkedIn: (a) strategic networking (networking estratégico); (b) ou open networking (networking aberto). Este post vai lhe trazer os conceitos de cada tipo, assim como as diferenças entre eles, de maneira que você possa decidir qual é o melhor para você adotar.

 

Antes, porém, vale a pena comentar sobre um pequeno detalhe e que faz bastante diferença tanto para uma estratégia de networking como para a outra: as 500 conexões! Provavelmente você já saiba, mas não custa dizer: os nossos perfis mostram o número exato de conexões de 1º grau que possuímos até atingirmos 500 conexões. Após a conexão de número 501 em diante, o LinkedIn simplesmente menciona em seu perfil o seguinte dizer: + de 500.

 

Por mais que o LinkedIn seja uma rede social profissional e, portanto, tem um objetivo diferente de um Facebook por exemplo, a verdade é que as pessoas intuitivamente consideram alguém com menos de 500 conexões de 1º grau como sendo um indivíduo sem uma rede de relacionamento sólida ou algo do gênero (por mais que a verdade não seja essa!). É fato que existem exceções, mas praticamente todos aqueles que buscam avançar na carreira, conquistar leads ou parceiros de negócios no LinkedIn deveriam ter por objetivo atingir as 500 conexões.

 

Assim, a única consideração que eu faria, sendo você mais inclinado a uma forma de networking ou a outra, é que você busque se conectar com ao menos 501 pessoas. Sem dúvida que a qualidade dessas 501 conexões importa bastante. Normalmente, quanto mais bem relacionadas forem estas conexões, maior será a sua rede e, além disso, mais fácil será para você ser localizado quando alguém fizer uma pesquisa no LinkedIn.

 

Sei também de alguns headhunters que enviam convite de conexão e depois procuram analisar quais as outras conexões da pessoa, com o intuito de entender se esta possui uma rede de relacionamento importante.

 

(a) Strategic networking

 

O usuário adepto dessa forma de networking entende que deve possuir apenas conexões estratégicas e com as quais pode manter relacionamento próximo e frequente. Basicamente, esse usuário mantém um número pequeno de conexões, focando-se muito mais em qualidade do que em quantidade.

 

Muitas vezes, a pessoa que prefere manter um networking estratégico não tem mais de 500 conexões de 1º grau. Algumas entendem que o ideal é terem algo entre 150 e 200 pessoas em sua rede no LinkedIn, pois esta quantidade seria adequada para manterem um contato mais próximo. Na verdade, este número é bem similar ao número de Dunbar, o qual é uma espécie de limite cognitivo do número de pessoas com as quais uma pessoa é capaz de manter relações sociais.

 

É perfeitamente normal que o strategic networker não aceite se conectar com pessoas que não conhece (ou teve pouco contato) ou não têm o perfil aderente à sua rede de relacionamentos.

 

(b) Open networking

 

Os usuários que adotam essa forma de networking são comumente chamados de LION, que é um acrônimo para a expressão em inglês LinkedIn Open Networker (ou algo pessoas que fazem networking aberto no LinkedIn). É até comum ver alguns perfis no LinkedIn com a sigla distribuída em algumas seções, até mesmo logo após o nome da pessoa (salvo engano, isso não é permitido pelas regras do LinkedIn).

 

Esse profissionais acreditam que, para aproveitarem os benefícios do networking profissional e as ferramentas do LinkedIn, precisam se conectar ao maior número de pessoas, mesmo que estas não tenham relação com o mercado em que atuam, com a sua carreira profissional, com o país onde residem etc. Um verdadeiro LION nunca irá rejeitar um convite de conexão recebido no LinkedIn. Essa é uma regra entre os LIONs.

 

Por isso, é normal ver LIONs que possuem milhares de conexões de 1º grau espalhadas pelo mundo inteiro. Sem dúvida que há spam e perfis falsos no meio, mas os LIONs dizem que, ainda assim, estes casos não são tão numerosos assim e o benefício compensa.

 

Alguns LIONs fazem uso de um site chamado toplinked.com, onde é possível você pagar uma taxa anual que te dá direito a ser incluído em uma lista de emails. Dessa forma, você vai receber algumas dezenas de convites de conexão no LinkedIn todas as semanas automaticamente. Isso porque há um outro plano que é gratuito, mas em que as pessoas precisam elas mesmas baixar as listas de emails e enviar convites de conexão para as outras pessoas.

 

Falando em enviar convites, é importante dizer que há um limite de envio de até 3000 convites por usuário. Após isso, é possível solicitar ao LinkedIn a liberação de mais envios.

 

Alguns usuários que são open networker reclamam que a maior parte dos outros usuários moram em outros países, reduzindo assim o potencial mais imediato de networking aqui no Brasil.

 

 

É importante também comentar que o LinkedIn não encoraja os seus usuários a serem LIONs. Um dos próprios fundadores do LinkedIn, o Reid Hoffman, gosta de enfatizar que a rede é para adicionar pessoas que você conhece e se relaciona.

 

Por outro lado, o próprio algoritmo do LinkedIn (que permanece um segredo, assim como o do Facebook e Google!) parece priorizar aqueles usuários que têm mais conexões. Se você tiver poucas conexões no LinkedIn ou se as suas conexões tiverem poucos contatos, vai ser muito difícil para você ser encontrado.

 

Daí que a decisão entre ser um open networker ou strategic networker não é muito simples!

 

Espero que pelo menos você pare para refletir qual dos dois modelos é mais adequado para você.

 

Fico à disposição em caso de dúvidas.

Artur: Eu sou engenheiro formado na UNICAMP com MBA em Marketing e trabalho atualmente como Gerente de Mercado em uma empresa química alemã chamada Klüber Lubrication, pertencente ao Grupo Freudenberg. Sou Master Coach pelo Behavioural Coaching Institute (BCI) e Practitioner em Programação Neurolinguística (PNL) pela Sociedade Brasileira de PNL (SBPNL).