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8 coisas que você vê quando trabalha em uma empresa tóxica

ambiente de trabalho tóxico e empresa tóxica

 

Este artigo é uma tradução do texto originalmente publicado no site da revista norte americana Inc. com o seguinte título: 8 Things You’ll Visibly Notice When Working for a Toxic Company (https://www.inc.com/marcel-schwantes/8-ways-to-instantly-judge-if-you-work-for-a-toxic-company.html).

 

Eu nunca irei esquecer enquanto eu viver. Quando reportava para um antigo CEO como head de gestão de talentos há alguns anos atrás, eu tive de apresentar um relatório mostrando as cinco principais razões para as pessoas estarem pedindo demissão aos montes.

 

Também tive de reportar que os dados das entrevistas confidenciais de saída mostravam que ele era a “razão número 5”. Bullying, desrespeito e desprezo pelos outros, assim como outros comportamentos não civilizados eram razões comuns para as pessoas se mandarem, como resultado do seu estilo tóxico de liderança.

 

Para qualquer outro líder com uma noção de prestação de contas, humildade e consciência, desenvolver e aprender novas habilidades para superar pontos cegos que são prejudiciais ao sucesso da empresa são fundamentais para a carreira. Exceto para aquele CEO.

 

Qual foi a reação dele? “Eu quero os nomes de todas as pessoas do relatório que saíram da empresa”.

 

Sim, o chefão da empresa pedindo ao head de talentos por dados confidenciais de entrevistas de saída. Surreal.

 

8 maneiras para identificar rapidamente se você trabalha em uma empresa tóxica

 

Como um líder sênior ou proprietário, o seu trabalho é construir uma organização onde egoístas, pessoas que fazem bullying e encrenqueiros não floresçam. Isso porque se os seus colaboradores bons e leais estão vendo quaisquer destes oito hábitos tóxicos em ação (os primeiros quatro são sobre a liderança; os restantes têm relação com o ambiente de trabalho), a batalha da liderança no topo da pirâmide já pode ter sido perdida.

 

1. Líderes que estão mais para serpentes egoístas

 

Se você trabalha para um chefe cujo único interesse é pelo mundo que gira em torno dele, para satisfazer as suas necessidades pessoais ou inclinação para ganância ou poder (a BMW dele está estacionada em frente ao prédio, a poucos passos da porta principal?), você sabe que ele só está aí para si mesmo. Você pode muito bem julgar que esse é um sinal claro de uma liderança tóxica.

 

2. Funcionários que são sufocados por uma ditadura

 

Em um ambiente assim, os líderes são os manipuladores de marionetes que buscam o controle total sobre tudo e todos, em todas as circunstâncias. Ele ou ela desconfia da equipe e não delega. Não há espaço para discussão em grupo ou inputs, porque o estilo de liderança é autocrático. É do jeito deles ou então a rua!

 

3. Líderes que seguram informação

 

Aqui está a verdadeira razão pela qual o seu chefe pode estar segurando e guardando informação: isso significa poder e controle. E controle é um dos modos mais efetivos de matar a confiança. Um líder segurando informação para controlar o seu ambiente e as pessoas não vai ter a confiança da equipe. Líderes do futuro terão de compartilhar informação e demonstrar transparência pessoal e organizacional com os seus liderados.

 

4. Líderes que são ausentes

 

Já se perguntou alguma vez onde está o seu chefe? Se eles estão em um prédio, estão atrás de portas fechadas na maior parte do tempo para evitar interação pessoal, especialmente quando as coisas não vão bem. Você vai perceber que eles estão convenientemente “ocupados” em momentos cruciais, quando justamente os seus inputs ou direção seriam necessários e, normalmente, se abrigam em reuniões incessantes que são meras fachadas para mascarar a sua insegurança ou medo de enfrentar conflitos ou liderar equipes. Eles só estão interessados em notícias boas, porque não são capazes de gerenciar nada diferente disso. Tem um problema? Converse com outra pessoa.

 

5. Colegas que apresentam comportamentos destrutivos e contraproducentes

 

Pessoas que vivem culpando os outros, puxada de tapete e fofoca, muita competição interna, além de colegas que não estão comprometidos. Pior ainda, você vai notar que esses lugares têm muita politicagem. Pessoas formam alianças e líderes colocam os empregados uns contra os outros. Se você trabalha em uma empresa assim, não é nada seguro compartilhar informação ou trabalhar em colaboração. T-ó-x-i-c-o.

 

6. Absenteísmo, falta de contribuição e pedidos de demissão crescentes

 

Por quê? Porque os colaboradores não são valorizados como dignos seres humanos. Então, a moral de todos despenca. Quando a expectativa do topo da pirâmide é que as vidas pessoal e familiar das pessoas sejam sacrificadas pelo trabalho, como evidenciado por semanas de trabalho de 50 horas ou mais, pouco ou mesmo nenhum tempo para férias, disponibilidade para comunicações de trabalho a qualquer dia e hora, então você está certamente trabalhando em um ambiente tóxico.

 

7. Comportamentos antiéticos como roubo, fraude e sabotagem

 

Em uma pesquisa da Gallup, o pior tipo de funcionário é aquele referido como “ativamente desengajado” (o que, de acordo com a Gallup, representa de 17% a 20% da força de trabalho). Esses funcionários são zumbis (meu termo) – emocionalmente desapegados ou apenas contribuindo para círculos de fofocas (e recebendo um contracheque!). Pode apostar que condutas antiéticas como roubo, fraude e sabotagem que destroem a moral e a produtividade serão crescentes.

 

8. A saúde dos empregados está indo ladeira abaixo

 

Pesquisa ao longo dos anos tem mostrado que ambientes abusivos adicionam quantidades impressionantes de estresse sobre os funcionários, diminuindo drasticamente as suas capacidades em focar e serem produtivos. Pesquisadores descobriram que funcionários que tinham chefes com traços tóxicos eram 60% mais propensos a sofrer um ataque do coração ou outra condição cardíaca prejudicial.

 

E aí, quais dessas oito situações mais se aplicam ao seu ambiente de trabalho?

Artur: Eu sou engenheiro formado na UNICAMP com MBA em Marketing e trabalho atualmente como Gerente de Mercado em uma empresa química alemã chamada Klüber Lubrication, pertencente ao Grupo Freudenberg. Sou Master Coach pelo Behavioural Coaching Institute (BCI) e Practitioner em Programação Neurolinguística (PNL) pela Sociedade Brasileira de PNL (SBPNL).