X

7 coisas que eu aprendi no MBA e que não são mais verdade em 2018

coaching e autoconhecimento

 

Este artigo é uma tradução do texto originalmente publicado no site da revista Inc. com o seguinte título: 7 Things I Learned in Business School That Aren’t True in 2018 (https://www.inc.com/sean-wise/7-things-i-learned-in-business-school-that-arent-true-in-2018.html).

 

O empreendedorismo se torna muito mais difícil quando você está tentando seguir regras obsoletas.

 

Tornar-se um empreendedor é difícil. Essa é praticamente uma verdade universal. E ela se torna ainda mais difícil quando você opera com suposições erradas, convenções desatualizadas e mitos.

 

Eu me formei no meu MBA em 1997 e, quase que imediatamente, me envolvi em startups e capital de risco. Nos últimos 21 anos, eu trabalhei, fui mentor, investi e assisti a apresentações de milhares de empreendedores. Dói em mim mesmo vê-los desperdiçar o seu potencial ao confiar em suposições desatualizadas e, como consequência, fracassarem porque acreditaram em uma mentira.

 

Assim, sem mais delongas, aqui estão sete coisas que os empreendedores ainda dizem por aí. Lições que eles aprenderam na faculdade e que, na realidade, não são mais verdadeiras hoje em dia.

 

1. Empreendedorismo é uma caixa preta, desconhecida e misteriosa

 

Quando eu estava na escola e queria estudar empreendedorismo, eu recebia biografias de Lee Iacocca e Benjamin Franklin. Já que o empreendedorismo era um assunto nascente na academia, a única forma de ensinar as melhores práticas era por meio de estudos de caso. Depois disso, viera Steve Blank, Bill Aulet e Eric Ries, e eles mostraram que o empreendedorismo não é nem uma arte obscura nem uma ciência desconhecida. Essas pessoas iluminadas usaram centenas de startups ponto com para definir o caminho para o sucesso das empresas nascentes. O caminho é geralmente chamado de metodologia Lean Startup.

2. Você precisa de dinheiro para começar um negócio

 

Quando eu estava no colégio, os investidores sempre eram a primeira parada de um fundador. Sem o comprometimento de US$ 2 milhões, a maior parte das startups em 1997 não teriam nem começado. Hoje, o custo para começar um empreendimento caiu de US$ 2 milhões para menos de US$ 2.000. Assim, não comece com os investidores. Comece com o seu próprio dinheiro. Construa um protótipo, leve esse protótipo para os early adopters (pessoas que se interessam em ser os primeiros a testar uma inovação), e use o que você aprender para fazer crescer o negócio. Se você precisar, consiga dinheiro de amigos e familiares. Você também pode conseguir investimento através de alguma ferramenta de crowdsourcing. Capital de risco hoje em dia está focado em escalar negócios e esse tipo de investidor somente coloca milhões depois que você já teve algum sucesso com o seu produto ou serviço no mercado.

 

3. Você tem de escrever um plano de negócios

 

Planos de negócios estão mortos. Planejamento nos negócios ainda está firme e forte. Duas décadas atrás, eu fui ensinado a planejar tudo antecipadamente, a escrever um plano de negócios perfeito, e somente então ir para o mundo real. Isso não poderia estar mais distante da verdade. O movimento Lean Startup, o qual ficou mais conhecido por volta de 2008, diz que para ter sucesso os empreendedores necessitam “sair do escritório” e se engajarem na descoberta do cliente.

 

Hoje em dia, você precisa levar a sua ideia para o mercado e desenvolvê-la por meio de iteração e interação com o cliente. Fundadores de startups que ficam obcecados em um plano de negócios detalhado antes de começar uma empresa estão redondamente enganados. Os melhores planos de negócios escritos não sobrevivem o primeiro contato com os usuários. Startups são organismos vivos. Planos de negócios são estáticos. Hoje, é melhor lançar o quanto antes e iterar com maior frequência. Um canvas bem resumido é melhor do que um plano de negócios.

 

4. Mantenha as suas ideias em segredo

 

Falando em ideias, me ensinaram a nunca compartilhar a minha ideia de negócio por medo de que ela seria roubada. Embora até haja tais tipos de incidentes de roubo de ideias, há literalmente dezenas de milhares de startups que se beneficiam da interação imediata com os clientes. Hoje em dia, ter uma grande ideia é somente o início. O foco está na execução. Você tem de mostrar tração, e isso requer expor a sua oportunidade ao crivo de outras pessoas.

 

5. Tudo diz respeito a quem você conhece

 

Durante a faculdade, muita ênfase foi colocada em networking. Disseram-nos que, para ter sucesso na carreira, nós tínhamos de ter uma rede de relacionamentos e capitalizar nela. Nós simplesmente não podíamos ter sucesso sem alguém nos convidando para algum evento ou negócio.

 

Hoje, redes de relacionamento ainda são importantes, mas elas não são a coisa mais importante. Acesso aos early adopters te permite gerar insights e vendas, e mostrar a sua solução satisfaz uma necessidade do mercado – tudo sem nem conhecer ninguém. Fora isso, sites como AngelList e LinkedIn fornecem canais viáveis para aqueles foram da sua rede de relacionamento direta.

 

6. Finja até você conseguir

 

No colégio, diziam-me para fingir que eu sabia o que estava fazendo. A ideia era que ser honesto em minha ingenuidade levaria a resultados negativos. Mas fingir é desonesto e estressante. De todas as formas, projete confiança em suas habilidades. Mas não estique a verdade. Isso iria somente te fazer mal no longo prazo.

 

Eu sempre digo aos fundadores de startup dos quais eu sou mentor que eles podem fingir confiança, mas eles nunca deveriam fingir quando se trata de conhecimento. Confiança é algo necessário (ou ninguém vai querer testar a sua solução). Já fingir ter conhecimento é algo insustentável.

 

7. Investidores sempre vêm em primeiro lugar

 

Como mencionado acima, empreendedores deveriam caçar clientes, não investidores. Investidores só se interessam quando você mostrar que a solução realmente funciona – quando você demonstrar que cachorros vão comer a comida para cachorro, e que você possui um negócio viável e escalável.

 

Artur: Eu sou engenheiro formado na UNICAMP com MBA em Marketing e trabalho atualmente como Gerente de Mercado em uma empresa química alemã chamada Klüber Lubrication, pertencente ao Grupo Freudenberg. Sou Master Coach pelo Behavioural Coaching Institute (BCI) e Practitioner em Programação Neurolinguística (PNL) pela Sociedade Brasileira de PNL (SBPNL).